17 de setembro de 2013

Chinaskiando em Portugal - Capítulo 2




O dia amanheceu, o fuso horário mudou!

O aeroporto de Lisboa ficou lindo após uma grande reforma. O salão onde os passageiros se apresentam à polícia de imigração ficou super bonito e bem iluminado. 

Se você está em conexão, é bom dirigir-se ao funcionário que fica pelas proximidades para avisar - embora não tenha muita certeza de que vá funcionar. Ouvi de um turista que ao chegar atrasado de um outro vôo e se identificar para o funcionário que precisava de prioridade para se apresentar à polícia de imigração e pegar o vôo seguinte, ouviu deste: "A companhia que se vire!".
É prudente avisar ao seu agente de viagem sobre esse detalhe antes de comprar as passagens. A espera na fila para apresentação de documentação pode chegar a 1 hora.

A primeira aventura é passar pela longa fila de apresentação à polícia de imigração. Como ainda não tenho documentos para a ala vip (leia-se dupla cidadania), divido calmamente o meu quadrado com pessoas africanas que sempre me chamam a atenção para o seu visual. 
As moças chegam com vestidos longos de cetim e renda, pés e mãos decorados com henna, longas tranças rasta cheias de glitter (juro!) e muito maquiadas. Alguns usam caftãs enormes, muito estampados, com cores fortes e turbantes. É outro mundo!

Ao se apresentar à polícia de imigração é bom já ter os documentos separados. Passaporte, endereços onde vai ficar, cartas-convite ou confirmação das reservas dos hotéis...
Peça orientação ao seu agente de viagem e a amigos que já viajaram e se organize para não ter problema.
Saindo da apresentação de documentos, outra aventura se inicia: reencontrar suas malas!
O aeroporto tem placas de localização e você encontra as esteiras onde as bagagens deveriam estar rapidamente. Deveriam!

O problema é que, enquanto você está na fila de apresentação, outros dez vôos chegaram e corre-se o risco de não encontrar mais o seu vôo e a esteira referente na enorme placa de informação que é atualizada o tempo todo.

Após aguardar uns minutos diante da primeira esteira, resolvi ir até dois seguranças que estavam  por ali e ver se conseguia alguma informação. Um deles parecia uma versão careca do Sid Vicious então falei com o seu colega que tinha uma carinha mais respeitável.

O cidadão me deu uma resposta atravessada, mas Sid virou-se calmamente e me explicou que eu deveria olhar a enorme placa onde os vôos, seus destinos de origem, horários e os nº referentes às esteiras de cada um. Eu havia feito isso. E meu vôo não estava mais lá!

Eis que aparece o coelho branco um funcionário que ocupava-se com a organização dos carrinhos de bagagem. Perguntado sobre o possível destino das nossas bagagens, o homenzinho subiu num carrinho motorizado e disse Follow Me! 

Lembra a cena da estação de trem onde Neo ficou perdido, que se situava entre a Matrix e o mundo real? Esse lugar existe, gente!!!

Há salas imensas com outras tantas esteiras, de vôos que já chegaram há tempos e cujas bagagens ficam esperando os donos sozinhas. Então, avistei nossas malas, silenciosas em esteiras paradas. Que alegria! Chegaram todas! E com o plástificado intacto! Nenhuma rodinha quebrada! YES!

Pus uma a uma em dois carrinhos (não há carregadores de malas em Portugal, viu menines do braço fino? Nem em aeroportos, nem em estações de trem ou hotéis. Mas chegaremos à isso em breve) e seguimos caminho.

Na saída do desembarque, aproveitei para fazer minha primeira compra: um cartão telefônico, que me custou 10 euros (tem de 5,00, de 10,00 ...) e são úteis para ligar para o Brasil. Através de um código, ele te dá desconto no preço das ligações e dá pra ficar umas 2 horas ou mais direto ao telefone numa chamada interurbana. Bom, né? O meu durou o mês inteiro!

Pegar um táxi na saída do aeroporto não é exatamente fácil. A gente percorre uma calçada inclinada com um carrinho cheio de malas e depois avança por um estreito corredor de metal (bem semelhante ao que as vacas percorrem para serem vacinadas, sabe?) que leva até a porta do táxi. Seria mais fácil sem aquele corredorzinho, mas nessa altura, nada tira a sua alegria.

Sigamos!

Nosso taxista andou uns 10 minutos a uns 120 km/h, dando freadas bruscas e tirando fino dos outros e nos últimos 20 metros, arrastou-se a 30 km/h.

Embora Portugal seja um país antigo e sua população tenha um índice populacional idoso considerável - como toda a Europa - é de esperar que seja um lugar acessível. Só que não. 

Nosso hotel ficava de frente para uma avenida. A calçada que separava a avenida da porta do hotel tinha uns bons metros para atravessar. O taxista não pode levar as malas até a porta porque o carro fica parado na avenida muito próximo a um ponto de ônibus; ele só tira a bagagem do carro e as coloca na calçada. Como minha mãe me acompanhava, ela ficou com as nossas bagagens na calçada, enquanto eu ia e voltava do saguão. 

Uma vez no hotel... (Confere no próximo post!)


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