12 de outubro de 2013

Pausa para falar sobre...Fast Fashion

Fala-se na desaceleração do Fast Fashion.
O fast fashion, na minha opinião, sempre foi um tiro no pé. Parece-me humanamente impossível a competição com a produção fast. Por isso a cópia descarada, a costura mais simplória e mal feita.

E ao consumidor, paciência.
Paga-se muito por um produto que não deixa ver em si o motivo para ser tão caro; precisa de muito tempo diante de uma arara para escolher uma calça jeans, decifrando o que é skinny, reta, flare, cintura baixa, cintura alta etc etc etc e qual delas combina com o seu corpo...e estilo, se é que alguém ainda tem algum.

Três lavagens depois e estão prontas para ir para o lixo, se alguém não criar uma modelagem/estampa/cor/lavagem que a deixe obsoleta antes disso.

E acredito que o "supermercado de estilos" será a próxima vítima da lucidez. Essa over mistura, essa enxurrada de estilos, sair de Jack Sparrow de dia, e de Cinderela à noite...me faz pensar se precisamos de designers criativos ou de psicólogos!

Aqui você confere a matéria que me inspirou o comentário:
http://pontoeletronico.me/2013/04/04/a-desaceleracao-do-fast-fashion-e-o-comeco-de-um-novo-momento/

Bisus!

5 de outubro de 2013

Lisboetando

Menines, o verão de ares Lisboetas ferve!

Eis aí a pequena Danielle Chinaski, dando pinta da Avenida Liberdade, um dos 10 endereços mais caros da Europa (vi na TV!). O que vimos de bom por ali?
A Avenida Liberdade guarda, ao longo do seu trajeto, as lojas mais caras e lindas de Lisboa. Aqui se encontra Gucci, Prada, Furla - pra não falar dos estilistas locais que não ficam atrás em nada das marcas mais conhecidas!


O que chama a atenção nas peças expostas são a modelagem e a qualidade dos tecidos, couros e outros materiais.  Não há nada fora do lugar, nenhum fiozinho. Tudo cai perfeitamente.

Tive que tirar um tempinho para refletir sobre as peças que compramos no dia a dia, com tantos problemas de modelagem, falta de atenção aos detalhes...o que é o gosto pelo trabalho bem feito, não é mesmo? Como deve ser bom viver no mundo das pessoas que tem orgulho das peças que suas maozinhas produzem e não fazem as coisas de qualquer jeito...

Qualquer pessoa que veja o corte e a qualidade das peças vai notar, de longe, porquê essas marcas são o que são. E isso é algo que vou levar para minha jornada profissional. O bom é que há muitos brechós nas principais cidades européias onde se encontra boas peças de Gucci, Chanel ou YSL para este tipo de estudo. O garimpo precisa ser severo, mas funciona. Eu encontrei um brechó que tinha vários casacos de pele originais, por preços nem tão extravagantes.

Nos finais de semana, a avenida também guarda uma feira ao ar livre super bacana. Encontra-se de tudo, mas o forte do garimpo são as peças de decoração. São preciosidades e como tal, custam o equivalente à preciosidades. Mas vale a pesquisa.
Feirinha ao longo da Av. Liberdade: dá vontade de levar tudo!

No final da tarde, nada melhor que um bom galão (é como chamam aqui o nosso café com leite) no Bela Ipanema (Av. Liberdade, 169).  O ambiente é aconchegante e há um balcão enorme cheio de doces lindos, super reluzentes. No fundo do restaurante há um painel em azulejo, belíssimo, retratando como a Av. Liberdade era no passado. O atendimento é muito simpático e eficiente. Aos famintos, recomendo o bife grelhado (um mega bife super suculento, servido com molho de champignon e montes de batata frita) e o sorvete de creme - foi o primeiro sorvete de creme maravilhoso que já provei!

 De volta ao centro, dê uma passada no MUDE - Museu de Design e Moda, que sempre tem umas coisas bacanas para ver, tanto sobre moda quanto design.

Nesse período, qualquer rua é uma lindeza, porque tudo está decoradinho, cheio de gente animada. Há música por toda parte!
Tudo borbulha!

Neste trecho da Rua Augusta, um programa de TV local estava gravando umas brincadeiras com as pessoas que passavam por ali.



 Ai, ai, ai...como manter a forma, menines do meu Brasil?  Haja caminhada para gastar tanta energia! Mas vale a pena!

Os doces portugueses são famosos pela variedade e pela qualidade, além de serem absolutamente deliciosos.

A matéria prima da maioria deles é a gema de ovo. Segundo as minhas fontes, boa parte dos doces portugueses foram criados nas cozinhas das freiras que usavam as claras para engomar as roupas a aproveitavam as gemas para fazê-los.  Isso explica a variedade.

Os meus favoritos também levam amêndoas. Aliás, foi em Portugal que provei os melhores macarons da minha vida - mas vou falar deles no capítulo sobre o Porto, pois a loja onde os comprei fica lá.
Elevador de Santa Justa

Lisboa também guarda miradouros incríveis! São pontos altos pela cidade que deixam ver distâncias cheias de belezas. Visitei algumas e mostro a vista de uma delas para vocês.

Ao lado desse ponto onde me encontro, há um monumento em homenagem à cantora Amália Rodrigues, já falecida. Seus fados ajudaram a dar tons melancólicos e ao mesmo tempo bonitos às paisagens de Lisboa.
E com Chinaski é assim: uma mão no leque, outra no bloquinho. Um olho na cidade, outro no que as hordas de turistas estavam usando!

O que pude perceber é que a faixa etária de turistas é bastante variada; a grande maioria vem com a família, ou seja, mãe, pai, irmãs, irmãos, tias etc etc etc.
A galera viaja em família e por isso, passam muito tempo andando por aí. Hotel bom é na hora de dormir e no verão, o sol não se põe antes das 19 horas! YES!

 O que pude observar nas vestimentas das moças que turistavam por Lisboa?

Conforto e praticidade são palavras de ordem. Ninguém quer perder muito tempo escolhendo o quê vestir e uma vez fora do hotel...

Vou falar das peças que vi em maior quantidade desfilando pelas ruas:

- vestidos de malha e de tricô. Uma verdadeira febre de tricô invadiu o verão português este ano, geralmente em branco e com pontos que me fizeram lembrar muito das peças que encontramos em Fortaleza.  Vi senhoras e senhoritas usando e abusando de vestidos e jaquetinhas de tricô.

 Outro ícone do verão foram os vestidos médios e curtos de crepe estampado. Ora acompanhando sandalinhas abertas e havaianas, ora acompanhando botinhas e casaquinhos finos, os vestidos de crepe estampado estavam em todos - todos os ambientes diurnos e noturnos da cidade.
Práticos, fresquinhos, leves, fáceis de lavar e enxugar...pra quê melhor?
 Há quem ame, há quem odeie. O fato é que elas estavam lá: as calças leggins em comprimento longo ou capri, lisas (pretas, marrons) ou com estampas quase sempre tribais, as leggins foram vistas acompanhando blusões, vestidos curtos, shortinhos, sapatilhas, sandalias abertas e botinhas.

Li um blog de moda que as condenava, dias antes da minha viagem e por isso, deixei as minhas em casa. Bobagem: as turistas usaram e abusaram das leggins, muito práticas e confortáveis no calorão lisboeta.

Sobre acessórios, posso lhes dizer que as turistas (muitas portuguesas que vivem atualmente em outros países da Europa e meninas do leste europeu) usam e abusam de chapéus, óculos escuros (muitas usam com aros coloridos e formatos diferentes), echarpes levinhas (geralmente em cores lisas), vestidos com pegada hippie (Feirinha Hippie de Tambaú, em João Pessoa!!!) longos ou médios, tops de biquíni no lugar do sutiã, brincos grandes e finos (argolas, penas e folhas em metal prateado ou prata) e muita, muita maquiagem (viva Sephora!!!) nas garotas mais novinhas.

Sobre a meninada mais jovem, tive gratas surpresas. São versões das minhas Alices (Coleção Desaniversário, apresentada em Junho de 2012)!!! 
Todas as garotas que vi, entre 12 e 16 anos, andam iguaizinhas: blusinhas cropped, hot pant jeans curtíssima (Alice Dellal na veia!), meias desfiadas, quilos de pulseirinhas nos dois pulsos, botinhas, mochilas em estampa tribal e cabelos muito longos e retinhos, celebrando seus desaniversários como se não houvesse o amanhã...("porque se você parar para pensar, na verdade não há!").


Até o próximo capítulo!